19/01/2007

Os analistas tinham-no antecipado: depois do crescimento explosivo do final dos anos 90, a crise no segmento ia instalar-se em Portugal.


Crise no imobiliário

Preço das casas está em queda há um ano

[ 2007/01/09 | 09:32 ]

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=759553&div_id=2577

Os analistas que acompanham o segmento do mercado da habitação tinham-no antecipado: depois do crescimento explosivo do final dos anos 90, a crise no segmento ia instalar-se em Portugal.

Crise não apenas para o sector da construção, que vê o número de autorizações de obras a diminuir; mas também crise para as famílias que canalizam para o seu património imobiliário muito do seu orçamento familiar. As casas deixaram de se valorizar como acontecia no passado, como comprovam os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE): o valor médio da avaliação bancária de habitação tem vindo a descer pelo terceiro trimestre consecutivo, e no final do terceiro trimestre de 2006 tinha uma quebra homóloga de 1,2 por cento, refere o «Público».

A avaliação feita pelos bancos no âmbito da concessão ao crédito da habitação acaba por ser um dos indicadores mais fiáveis para monitorizar a evolução do preço das casas. No último índice divulgado pelo INE, e que se reporta ao terceiro trimestre de 2006, o valor médio da avaliação bancária situou-se em 1.217 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma variação trimestral de -0,6% e uma variação homóloga negativa de 1,2%. Em termos de regiões, apenas Lisboa e Vale do Tejo registou, em termos trimestrais, uma variação positiva.

No início do ciclo de expansão do sector, dois terços das famílias portuguesas já eram proprietárias da sua habitação. A facilidade do crédito e a agressividade da banca na oferta de produtos financeiros, bem como as necessidades de mobilidade, fizeram o resto: actualmente há mais casas à venda do que gente à procura delas, e só o facto de a habitação própria ser o principal destinatário da aplicação da poupança nacional impede que os preços baixem como acontece noutros mercados. O recurso intensivo ao crédito, e o número elevado de famílias endividadas, que hipotecaram as suas casas, acabou assim por ser um dos grandes condicionantes à movimentação de preços.

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