18/01/2007

Mais depressa se deixam apanhar Profissionais indefesos, não unidos, não organizados, do que se deixa alcançar um coxo.



Mais depressa se apanha um Angariador Imobiliário indefeso

que um coxo


É um facto que em Portugal, a organização associativa empresarial e profissional do Sector Imobiliário tem uma perna pujante.
Com efeito, a APEMIP www.apemip.pt desempenha de forma imprescindível um papel muito positivo no Sector.

Por isso, e na verdade, bem-haja a existência da APEMIP.

O que acontece é que com a APEMIP, a organização associativa empresarial e profissional do Sector Imobiliário em Portugal tem assim uma perna pujante.
Mas tem só uma perna, a perna empresarial.

O Sector Imobiliário em Portugal, do ponto de vista da vida associativa e da defesa dos interesses dos agentes do Sector, é pois coxo, é perneta, é manco.

Estes termos há muito que se encontram caídos em desuso, socialmente incorrectos.

Contudo, falando claro, essa é a situação.

Dir-se-ia que o Sector tem uma insuficiência ambulatória. Tem um probleminha.
Com efeito, a organização associativa empresarial e profissional do Sector Imobiliário em Portugal tem uma perna pujante (empresarial) e uma outra que ainda não existe (profissional).

De quem é a responsabilidade?
De mim, dos Angariadores Imobiliários em geral, dos Mediadores que não são Boker-Owners, de nós todos.

A responsabilidade é só e toda nossa!

Como é evidente, como é natural.
Em síntese,

  • A APEMIP é algo muito importante. É importantíssima a sua existência, do ponto de vista das Empresas que nela se juntam e por ela são representadas;
    A APEMIP não tem como é natural responsabilidade alguma nas debilidades organizativas e associativas dos Angariadores Imobiliários (ver Artº 4º do Decreto-Lei nº 211/2004 de 20 de Agosto de 2004 in http://www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=3097) e dos Mediadores ver Artº 7º do Decreto-Lei nº 211/2004 de 20 de Agosto de 2004 in http://www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=3097
  • Somos nós que estamos indefesos, não unidos, não organizados.
  • E somos nós quem tem que resolver o nosso problema.

O sector está coxo, somos nós que estamos em falta.

E, como lá diz o rifão, mais depressa se deixam apanhar Profissionais indefesos, não unidos, não organizados, do que se deixa alcançar um coxo.

Simplesmente, porque ele está organizado e defendido, e nós como Profissionais Imobiliários, não estamos ainda. Nem uma coisa, nem outra.

Obs.: O termo “coxo” foi utilizado com todo o respeito pelas pessoas com mobilidade condicionada, respeito que todas as Pessoas merecem. Na verdade, todos temos as nossas dificuldades, e até óculos são prótese. Só se recorreu ao termo popular referido, para sublinhar com o eco da memória de cada um, que pior que não se ser capaz de ver, é não se querer ver. E pior que um problema de saúde real que se possa ter, é a atitude fraca e indolente que se pode assumir na vida e no dia a dia.